Blog Esalqueanos
Sobre a gloriosa
11/04/2025 - Por maria antonia silva malheirosAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

Recentemente, li uma matéria em um jornal cujo autor coloca um ponto de vista muito particular sobre a ESALQ. Bom, aqui vai o meu: Não acredito que exista um esalqueano no mundo que almeje destruir nosso bem mais precioso. Aprendemos a usar o solo de maneira mais eficiente e sustentável (ambiental, social e economicamente). Entendemos os pontos essenciais de todas nossas disciplinas e é uma felicidade cada um poder se encontrar em um curso tão amplo! Extensão rural é sim bem vinda e inclusive, inúmeros grupos já a praticam, levando todo esse conhecimento para além das fronteiras da escola. A pluralidade de estudantes que se interessam por pautas diferentes faz com que estejamos em todos os lugares, com excelência.
A beleza está mesmo nos olhos de quem vê e tudo bem!!! Fazemos questão de explicar aos ingressantes sobre a história da ESALQ e como todos nós fomos parar ali. Dispomos de tempo e organização como forma de agradecimento àqueles que tiveram sua responsabilidade em criar e desenvolver uma das melhores escolas de ciências agrárias do mundo (desde o doador da fazenda para a criação da escola até cada funcionário que já passou pela ESALQ). Ouso dizer que essa é uma das razões de termos prédios históricos intactos e um campus limpo e organizado, quando comparado a outras faculdades públicas.
O networking menosprezado no texto é, para mim, uma rede muito bonita que conecta gerações. Que é capaz de estender a mão do outro lado do mundo se preciso for. É capaz de compartilhar conhecimento e criar oportunidades (inimagináveis, para muitos antes de entrar na escola). E pensando ainda no mais interno do ser, são relacões humanas que fazem você enxergar o que a vida tem de melhor.
Para mim, a ESALQ é onde se aprende e de onde se leva o ser esalqueano. Onde se conhece e desconhece tantas vezes, mas que jamais deixa de ser. Intraduzível para aqueles que não estiveram aqui (ou viveram com outros olhos), tentarei da seguinte maneira: aos 91 anos, meu avô esalqueano por vezes esquece quem sou, mas volta a lembrar sempre que começo o agricolão. Sonho que se sonha junto é realidade. Esse, em particular, foi primeiro de Luiz de Queiroz, depois de meu avô, seguido de meu pai e agora é meu. E de milhares de esalqueanos espalhados pelo mundo afora. Reviverei para sempre, com o coração transbordando saudade e felicidade, todas as pessoas e os bons momentos que passei aqui. Obrigada Gloriosa!