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Robôs da Pecuária (Hulq, F99)

16/11/2018 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na Revista Plant Project)

 

Empresas de vários setores estão buscando mais o apoio de máquinas inteligentes para executar tarefas em que a ação do homem não é tão valiosa.  Um exemplo recente é o “robô cowboy”, ou cow-robot, desenvolvido pela americana CARGILL para trabalhar na lida do gado nos confinamentos da empresa nos EUA.

 

O trabalho com animais de grande porte é motivo de constante preocupação nestas propriedades rurais, porque não há nenhuma maneira de saber como o animal irá reagir a uma intervenção humana.  Sendo assim, é comum encontrar neste ambiente funcionários utilizando equipamentos de proteção, como capacetes, coletes e caneleiras neste tipo de atividade, expondo-se a uma operação de risco.

 

Este robô foi projetado para funcionar como um dispositivo de segurança, que ao longo sua introdução vem recebendo melhorias para transformá-lo em um equipamento de sucesso na condução do gado.  Mudanças como: estruturas plásticas para metálicas, que promovem maior durabilidade e resistência; adequação do sistema rodante, que precisa operar sobre condições adversar de solo, são algumas delas.  Adicionou-se um sistema de sopro para “tocar” o gado, eliminando a sem necessidade de tocá-lo fisicamente; dois longos braços sustentando sacos plásticos, que funcionam como bandeiras e um sistema de comunicação por alto falante para o “peão” interagir com os animais.  É operado via controle remoto.

 

A empresa holandesa LELY, também vem contribuindo com avanços tecnológicos para as fazendas de leite com seu robô de ordenha, já comum na Europa por algum tempo e recentemente ganhando espaço nos Estados Unidos.

 

O animal quando encaminhado para ordenha entra na sala onde o robô se encarrega por toda a operação.  Primeiro, um leitor identifica o animal, o qual recebe em seguida alimento durante o processo. Na sequência, o robô mapeia a laser o úbere, esteriliza e acoplada os mecanismos de ordenadora.  Quando a ordenha é finalizada a vaca é liberada automaticamente.

 

Quando lançado, foi motivo de preocupação de vários fazendeiros, pois se acreditava na possibilidade de queda da produção do leite devido a intervenção de uma máquina.  O que no entanto não se efetivou...  Foram surpreendidos com a receptividade e aumento na qualidade por ordenha.

 

Esta e outras tecnologias interessantes permitem que o trabalho nas fazendas possa se estender por toda a duração do dia, contribuindo com o aumento da eficiência das operações agropecuárias.  Com o uso deste robô é possível realizar mais de três ordenhas em um mesmo dia, utilizando-se da mesma quantidade de funcionários, permitindo assim que as pessoas possam tomar conta de outras tarefas de relevância na fazenda.

 

O Agro não para!

 

* Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor de empresas.

 

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