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Rastilho de Pórva (Drepo F70)
25/01/2016 - Por eduardo pires castanho filhoAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
ciproxin 500 torrino
ciproxinSempre correram boatos de que
teria havido "dicas" de provas, durante todo o lustro 65- 70.
Era como "rastiio de pórva"!
Bioquímica, agricultura,
fitotecnia, engenharia. Tanto dos prédios do lado de lá como dos de cá da estradinha do aeroclube. Tudo,
enfim.
Seriam oriundas de descartes
de mimeógrafos jogados com desleixo nas lixeiras, depois cuidadosamente
resgatados, alisados e lidos ao contrário?
Ou era produto da
intervenção de funcionários administrativos fazendo negócios paralelos, numa
antevisão do que viria a acontecer atualmente?
Teorias conspiratórias
falavam de equipes multidisciplinares de colegas, muito bem treinados que se
esgueiravam, qual ninjas negros, para dentro dos prédios, onde no dia seguinte
haveria provas e copiavam os gabaritos, que eram posteriormente comercializados
num mercado paralelo. Esse material seria depois dissecado por "equipes
especializadas" que faziam as provas e as disponibilizavam para quem estivesse
disposto a "investir" no conhecimento. Os prazos para que toda essa operação
funcionasse a contento era muito exíguo, o que comprometia de certa forma a
teoria.
Diziam as lendas ainda, que
essas equipes teriam cópias de praticamente todas as portas importantes da
Escola.
Mesmo sem saber se essas
situações eram verídicas, ou não, muita desconfiança foi gerada e disseminada
levando alguns colegas a ficar visados, despertando a ira e fomentando boatos por
parte dos supostamente não partícipes.
O auge da confusão se deu
numa prova de agricultura, que foi mudada de última hora, segundo constou em
função de um alerta de fraude, para perplexidade geral da classe, que já estava
com a prova na mão. Recolheu- se a dita cuja e passou- se outra na hora. Houvesse
ou não a "tar da dica", as notas dessa prova de fato ficaram bem abaixo da
média, o que só contribuiu para aumentar as desconfianças.
Aliás, essa "cadeira" teve
um histórico extenso com essas confusões. Um dos professores de então, que
depois viria a ser Diretor da ESALQ, desconfiou que muitas provas apareciam com
uma resposta: J. MICROHIM. O correto seria Joaninha, um Microhimenoptero.
Muitos cometeram o mesmo erro pois copiaram de um colega que abreviava as
palavras.Esse professor passou a ser conhecido como o Detetive J Microhim.
Em outra prova,
consta que os alunos que obtiveram o gabarito antecipado combinaram não acertar
tudo para não causar desconfiança. Houve um colega, que disfarçou tanto que
teve nota 4,0 e acabou reprovado!!.
(com a colaboração do Otávio T. Mendes)