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Os Cães Republicanos (Drepo F70)

24/12/2015 - Por eduardo pires castanho filho
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Não se sabe se a maioria das repúblicas os possuía. Mas, eles eram bem comuns. Davam-se com a maioria dos habitantes republicanos, porém, para alguns eram intolerantes. A maioria

sem raça nenhuma, o que atualmente se denominaria SRD (?).

Eram grandes companheiros e vários deles gostavam de acompanhar seus "donos" pelas andanças nas cidades. Lembra- se aqui, muito bem de três deles.

A primeira foi a Zambi, moradora do Pau doce, cachorra de "pedigree" apurado, doberman puríssima. Essa raça, diziam, possuía a caixa craniana pequena para o tamanho do cérebro o que causava aos animais dores de cabeça insuportáveis. Talvez por isso ela não reconhecesse direito os moradores da república, característica pela qual eram constantemente atacados pela donzela, principalmente quando chegavam sozinhos e de madrugada. Com o tempo foi ficando tão impraticável a convivência que ela precisou exilar-se em outra cidade, sob os cuidados de um paudociano.

Outro personagem foi o Telefone, Fonão para os íntimos. Morador do Mosteiro era imponente na sua negritude e altivo nas suas atitudes. Fidelíssimo aos moradores desconfiava sempre dos visitantes intrusos. Foi protagonista de um banho na piscina da AALQ que quase custou a formatura de um já falecido colega, que resolveu passar por lá quando voltava de uma noitada.

O terceiro era o Lafitte, da Vaikemké. Vira lata simpático, quase branco, de pernas muito curtas e corpo comprido, o que lhe conferia um ar bem engraçado. Gostava de passear com turmas. Colocavam - lhe uma gravata e lá ia ele todo garboso paquerar no centro, com o pessoal da república. Até um dia que, ao invés de paquerar foi paquerado por um cachorrão enorme e apaixonante, que trocou uma bela cadela pelo baixinho. Foi a última vez que levaram o Lafitte pra passear.

Eduardo Pires Castanho Filho (Drepo F70) Engenheiro Agrônomo, Ex morador da Republica do Pau Doce

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