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Nobel da Paz 2021 não veio para o Brasil (Big-Ben; F97)
08/10/2021 - Por mauricio palma nogueiraAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
Prêmio Nobel da Paz não veio para Alysson Paolinelli.
Dois jornalistas - Maria Ressa e Dmitry Muratov - levaram o prêmio pelos seus esforços em defender a liberdade de expressão. Estão de parabéns pela importância do tema e pelo reconhecimento.
Quem não está de parabéns é grande parte da imprensa brasileira.
Salvo raras exceções, as matérias sobre o Nobel da Paz nem citavam a indicação de um brasileiro este ano.
Demagogicamente, preferiram mencionar uma adolescente militante que nada fez de prático para melhorar o mundo que ela tanto quer bem; pelo menos no discurso.
Paolinelli, por outro lado, é unanimidade entre os profissionais do agro moderno. Foi indicado por iniciativa da ESALQ, uma instituição de pesquisa e ensino. A indicação recebeu o apoio de praticamente todas as outras instituições da área.
Sua trajetória é exemplar, com destaques na aplicação prática do conhecimento científico, na modernização na produção e na proteção ambiental.
Paolinelli personifica tudo que a imprensa cobra do setor agropecuário.
Mas para a maioria dessa mesma imprensa, não vale nem mesmo a menção, quando o assunto é o reconhecimento.
Aristóteles dizia que não basta receber honrarias. O importante é merecê-las.
Alysson Paolinelli merece.
Para os que nem se deram ao trabalho de mencioná-lo, como se torcessem contra, fica o aprendizado.
O bom jornalismo ainda é digno de reconhecimento. E sempre será.
Não existe democracia sem imprensa livre. Livre, inclusive, de seus próprios preconceitos.
Maurício Palma Nogueira (Big-Ben, F-97) é engenheiro agrônomo, sócio da Athenagro, coordenador do Rally da Pecuária, ex-morador da República Jacarepaguá