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Melhor e diferente... Este é o caminho (Hulq, F99)
29/07/2018 - Por marco lorenzzo cunali ripoliAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
(Artigo publicado na Revista Plant Project)
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, açúcar, café, suco de laranja e celulose (fibra curta) e segundo maior em soja, etanol e carne bovina. Em vista esse panorama existe um grande desafio, o de elevar a produção mediante ao crescimento populacional, considerando a carência de terras produtivas para plantio. A ONU aponta uma projeção mundial que já passa de 9.6 bilhões de pessoas em 2050.
Nas últimas cinco décadas, a Mecanização foi um dos importantes drivers que contribuiu com o aumento da capacidade de colheita nas lavouras de todo o mundo. Por exemplo, mais de 90% da área de cana plantada em São Paulo é colhida mecanicamente e acima de 80% desta área plantada mecanicamente. A mecanização incorpora facilidade, segurança e agilidade ao campo gerando o aumento de lucratividade das operações, mas não apenas um bom maquinário é suficiente sendo necessários outros atuantes. Muitas das propriedades rurais ainda sofrem com a má gestão, devido ao despreparo e a ineficácia dos processos, onde todo o potencial humano e tecnológico ainda precisa ser melhor aproveitado.
Se entende por "Gestão" a correta atribuição da mão-de-obra, materiais, recursos, com o objetivo de promover resultados satisfatórios. É buscar alcançar rendimentos eficazes, determinados previamente, lidar e prevenir possíveis desvios, motivar e treinar equipes para atuações necessárias e padronizar atividades. A evolução tecnológica é um caminho sem volta, fazendo com que o produtor se adeque e para não perder oportunidades.
O receio do uso da tecnologia é a primeira delas que, à primeira vista, parece ser de difícil domínio ao Agricultor, o que não passa de um mito. Já são existem ferramentas simples, de fácil compreensão para uso do produtor rural.
O Agronegócio segue rumo à sincronização tecnológica aumentando a capacidade produtiva, sem a necessidade de expansão de terras. A indústria vem trazendo soluções integradas, com equipamentos aperfeiçoados e serviços que juntos otimizam o trabalho e promovem suporte a tomada de decisões.
Com a disparada do dólar, que por sua vez traz uma conjuntura ambígua ao setor. De um lado, safras e exportações que se beneficiam com o dólar alto, o que é bom para o Agronegócio. No setor sucro-alcooleiro os preços do açúcar e etanol também sobem devido à moeda. Contudo, do outro lado, cada vez mais os insumos se tornam mais caros diante da inflação elevada.
O produtor rural deve continuar a agir com cautela e investir para se destacar no cenário a fim de manter e, quem sabe, elevar seu nível de produção. A aposta em pesquisa e tecnologia é clara como meios que têm o potencial de amenizar os impactos climatológicos e aperfeiçoar a produção perante a alta do dólar.
Não pode ser deixado de lado o lado humano quando se fala e revolução tecnológica e a qualificação profissional para atuar com soja, milho, algodão, cana-de-açúcar etc. faz diferença. As pessoas ainda são parte integrante do processo agropecuários e isso não vai mudar. Devemos buscar formas cada vez mais eficientes de capacitar a mão-de-obra. Quando somamos a qualificação com a tecnologia damos ferramentas para o produtor rural enfrentar o atual panorama mundial.
Aplicações como estas promovem resultados que ultrapassam a produtividade e beneficiam a natureza. Fruto disso é a Agricultura de Precisão, um sistema comprovado de retorno financeiro que, por exemplo, ajuda a economizar combustível, insumos e aumento da produtividade.
Existem desafios para o setor agropecuário brasileiro, e por mais difíceis que sejam, caberá ao empreendedor do campo sempre estar atualizado quanto às inovações tecnológicas e buscar de caminhos que unam a tecnologia e gestão.
O Agro não para!
* Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor da DRINQUIS.