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Madrid - 1984 (Drepo F70)

08/03/2016 - Por eduardo pires castanho filho
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1984. Consolidação do Governo Motoro. Dois agricolões colegas de república, trabalhando para o estado, empreendem viagem à Madrid para participar de um Congresso Mundial da IUCN.

Na época o Governo de São Paulo fazia um esforço grande para colocar a questão ambiental na pauta administrativa, e, esse encontro era uma oportunidade de fortalecer essa proposta. Já no embarque houve um problema por conta de um canivete, que acabou sob custódia do comandante do avião, que, no entanto, foi devolvido íntegro na chegada. Atualmente teria sido confiscado e boa. No destino começaram os desajustes de fuso horário, que persistiram por quase toda a semana do encontro, quase toda sob uma persistente e fria chuva.

Conseguiram um hotel bem barato, se é que possa ser chamado dessa forma: Hostal Lorenzo. Dentre as peculiaridades do estabelecimento estavam não só a falta de uma portaria como um telefone que só falava quando queria, expondo os hóspedes a gritarias no comedor, para falar com suas casas. O uso do banheiro era diferente: tinha que ser utilizado com a porta aberta porque as pernas não cabiam no dito cujo. Se usado com a porta fechada era preciso sentar de lado no vaso. O uso da água também era regulado e o dono achava um absurdo tomar banho diariamente. Outra particularidade era um boteco embaixo do hostal, no qual eram encerradas as atividades do dia: cerveza San Miguel e café irlandês.

As idas e vindas aos eventos do Congresso eram caóticas, ainda por conta do fuso horário, que ficavam ainda mais confusas com os horários bancários: ou os bancos estavam fechados ou as sessões do evento estavam terminando. Normalmente à noite reunia-se a “embaixada paulista” no Congresso. Era das mais representativas: tinha gente da Secretaria da Agricultura, da CESP, do Instituto Florestal, da Sudelpa, de entidades ambientalistas, além dos agregados de Brasília, Minas, Rio Grande do Sul, Paraná. Participaram de alguns jantares animados e divertidos, quando várias “conspirações” corriam soltas. O que se economizava nos hotéis era despendido nesses jantares em restaurantes muito bons. Algumas conversas ficaram para a posteridade como um debate sobre a virgindade no qual uma das protagonistas nem se lembrava mais disso, em função do tempo decorrido desde então!

Nos intervalos do Congresso havia tempo livre para algumas excursões próximas para conhecer o País. Numa dessa alugou-se um carro e com mais dois colegas e tocaram para Toledo. No trajeto depararam- se com um olival, coisa inédita para os ocupantes. Pararam, desceram do carro e resolveram “provar” a azeitona diretamente do pé. Foi uma das piores experiências gastronômicas da viagem. 

As olivas são comestíveis depois de passar por um bom período de curtimento!

Eduardo Pires Castanho Filho (Drepo F70) Engenheiro Agrônomo, Ex morador da Republica do Pau Doce 

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