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Investimento em Inovação (Hulq, F-99)
06/12/2019 - Por marco lorenzzo cunali ripoliAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
Em um cenário cada vez mais competitivo, consumidores cada vez mais exigentes e com significativas transformações tecnológicas o setor agropecuário brasileiro já entendeu a relevância de fortalecer seus esforços com para atender essas demandas.
Existem oportunidades ao longo de toda a cadeia produtiva do agro: compra/venda de terras, insumos, implementos, maquinário, produção, processamento, armazenamento, distribuição e transporte. Para assegurar o contínuo incremento da produtividade e o fortalecimento da capacidade do produtor de não somente identificar tendências globais, mas também de criar ou moldar essas tendências, é vital o aumento do volume de investimentos estrangeiros no Brasil.
O Brasil exporta para mais de 160 países, porém ainda de forma concentrada em um número limitado de produtos agropecuários (na sua maioria commodities).
Com o objetivo elevar os atuais 7% de participação do Brasil no comércio mundial, toda a cadeia produtiva e governo brasileiro veem positivamente todo investimento voltado para a diversificação da produção nacional e para a ampliação de mercados.
Especificamente sobre investimentos em inovação no campo, o crescimento significativo do setor nas últimas 4 décadas, o qual posicionou o Brasil entre os líderes mundiais do setor, foi oriundo da junção entre empreendedorismo dos agricultores, pesquisas científicas de qualidade e abundância de recursos naturais.
O volume de investimentos da China equivalente a aproximadamente dez vezes o que é investido pela Índia e Brasil na produção sustentável de alimentos e energias renováveis.
O mercado interno brasileiro é formado por 210 milhões de consumidores. Por estarmos inseridos no Mercosul temos acesso a mais 55 milhões de pessoas nos países vizinhos e um ambiente de muitas vantagens para se investir no agro brasileiro.
Considerarmos os dois acordos recentes entre Brasil com a União Europeia e EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), que juntos estes dois blocos somam mais 510 milhões de habitantes, o número de consumidores será ainda maior. Não obstante, existem outras negociações comerciais do Mercosul com mercados importantes como Canadá, Japão, México e Singapura, que elevarão ainda mais esta base consumidora.
Acessar mercados com clientes de grande poder aquisitivo e derrubar barreiras comerciais significa incentivar os produtores brasileiros para que melhorem seus processos produtivos e, por sua vez, aumentar a competitividade do agronegócio.
Devemos continuar buscando um ambiente de negócios saudável, proporcionar acesso ao crédito de forma mais fácil, diminuir a burocracia, se atentar as necessidades do produtor rural, buscar melhorias na infraestrutura, independentemente de seu tamanho.
O Agro não para!
Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, investidor em empresas e fundador do Programa transformacional “O Agro Não Para”. Acesse www.marcoripoli.com