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Inovação Agroambiental (Hulq, F-99)

22/11/2019 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na Revista Plant Project)

 

O Brasil é o 3º maior exportador mundial de produtos agrícolas e o principal produtor e exportador de produtos importantes como o açúcar, café, soja e suco de laranja.  Além disso, um dos poucos países com capacidade de expandir com relevância a oferta de alimentos de forma sustentável.

 

Os avanços da agenda socioeconômica do país dependem de recursos aplicados em diversos setores, dos quais destaco o agronegócio, responsável por 21% do PIB nacional e 20% dos empregos, e ainda temos muito espaço para continuar crescendo.

 

O sucesso para continuar incrementando a produção nacional e minimizando os impactos ao ambiente vai ser garantido cada vez mais pelas parcerias do governo brasileiro e o setor privado, trabalhando em conjunto.

 

Projeções apontam que, nos próximos 10 anos, a produção brasileira de grãos irá aumentar 27%, a de carne bovina 19%, a suína 25% e a de frango 28%.  Parte dessa produção será destinada à exportação, ajudando a garantir a segurança alimentar e nutricional global.  Vale lembrar que em 2018, a produção brasileira agropecuária foi de US$ 147,4 bilhões.

 

Apoio a elaboração de políticas e mecanismos que promovam o crescimento da atividade agropecuária e protejam o ambiente.  Previsões da OCDE e FAO desenham cenários globais marcados pelo rápido aumento da demanda por alimentos, energia e recursos naturais básicos, crescendo também a exigência para que essa demanda seja atendida com impacto ambiental mínimo e baixo custo.

 

Precisamos assumir nossa vocação de potência agroambiental global e é o que precisamos fazer aqui: crescer, preservando os recursos ambientais.

 

A agricultura, nos quatro cantos do mundo, é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas: mudanças nas chuvas, temperaturas médias mais altas, aumento na intensidade e frequência de eventos climáticos, tão quanto a possibilidade de aumento de danos causados por pragas e doenças, que afetam o trabalho no campo.

 

O código florestal brasileiro é um instrumento mais completo e efetivo de proteção da vegetação nativa – exige a preservação de no mínimo 20% da área das propriedades rurais, chegando a 80% de restrição de uso de solo no bioma amazônico – considerado o mais completo do mundo.

 

Durante o Acordo de Paris, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir as emissões de carbono em 43% até 2030, em relação aos níveis de 2005.  A contribuição da agricultura para atingir este resultado dá-se via intensificação de tecnologias agrícolas de baixo carbono (ex.: sistemas agroflorestais, fixação biológica de nitrogênio e sistema de plantio direto).

 

Já existem mais de 27,65 milhões de hectares com tecnologias de baixa emissão de carbono, cujos resultados somam a mitigação de mais de 155 milhões de toneladas de CO2 equivalente, ou seja, 105% da meta do setor agropecuário brasileiro, assumido em 2009, durante a 15ª conferência do clima.

 

Os produtores rurais estão conscientes que a sustentabilidade da sua produção afeta a aceitação dos seus produtos nos mercados externos e dever sempre aliar sua atividade a preservação ambiental.  Promover a agricultura empreendedora, inovadora e inclusiva, é também promover o ambiente.  

 

O Agro não para!

 

Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, investidor em empresas e fundador do Programa transformacional “O Agro Não Para”. Acesse www.marcoripoli.com

 

 

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