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Hortas de alta tecnologia (Hulq, F99)

11/12/2018 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na Revista Plant Project)

 

Uma das cadeias produtivas mais importantes do Brasil e do mundo é a cadeia das hortaliças.  Para o leigo este termo remete a toda e qualquer planta produzida em hortas, cujo ciclo de vida é considerado curto (até um ano), a qual exige intensa necessidade de mão-de-obra direta no campo para seu trato e tem fins alimentícios humano e/ou animal.

De acordo com trabalho realizado pela Better Health Foundation nos EUA em 2015, as hortaliças de maior consumo dos americanos (e o número de porções per capita ano) eram:  batata (75); alface (69); cebola (44); tomate (39) não tipo cereja e cenoura (29).  Dados da Euromonitor 2016, comprovaram que cada vez mais as pessoas estão buscando alimentos naturais, sem conservantes, com maior carga nutricional e que estão dispostas a pagar mais por isso, o sustenta o elevado crescimento no varejo das hortaliças – em média de 7% a 8% ao ano.

Infelizmente pouco ainda se fala sobre a mecanização em geral destas hortaliças no Brasil.  Para nós ainda não é uma realidade, mas mundo a fora, principalmente em termos da mecanização da colheita já existe muita tecnologia disponível.  Isso é devido ainda que a realidade dos produtores locais serem pequenas, de baixa escala de produção, com grande diversificação de cultivos e limitada capacidade financeira para investir em novas (mas, importante) tecnologias.

Diante disso, a empresa norte-americana Ramsay Highlander, localizada no estado da California,é uma das fabricantes de máquinas agrícolas mais especializados na colheita de verduras e legumes.  A empresa está na vanguarda das tecnologias de colheita mecanizada e vem introduzindo diversas inovações no mercado americano e mundial.

Um de seus mais recentes foi a colhedora mecânica de alfaces e de culturas de arquitetura similar.  A máquina é auto propelida e utiliza de um sistema de jato d´água para o corte das plantas que aumenta o rendimento e vida útil do produto colhido, reduzindo o trabalho necessário no campo.

O jato de alta pressão individual por linha, patenteado, permite o ajuste ideal do equipamento para cada uma de suas seis linhas de colheita.  Suas esteiras transportadoras são facilmente ajustáveis para acomodar toda a massa colhida não mais diferentes ambientes de produção (largura dos canteiros de cultivo e espaçamento entre linhas).

Esta colhedora mecânica também elimina impurezas antes que o produto chegue nos mecanismos de triagem e embalagem da máquina. Sua parte posterior acomoda diferentes tipos de embalagens (caixas, bins, etc) e tem produtividade de 5 toneladas por hora, consumindo menos de 6 litros por minuto de água no corte (6 linhas simultâneas).  Dispõe de um reservatório de 1230 litros, com sistema rápido de abastecimento que permite uma jornada de trabalho.  Uma “baita” máquina.

O Agro não para!

 

* Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor de empresas.  Acesse www.marcoripoli.com ?

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