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Esse texto é para você, controlador. Ou que convive com pessoas controladoras (Iskrépi; F11)

11/01/2023 - Por luciana okazaki
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Um alerta para começar a nossa reflexão: a vida fica muito mais pesada quando tentamos ter tudo sob o nosso controle.

 

Pessoas controladoras sentem uma necessidade visceral de assumir a responsabilidade e dominar situações, forçando inclusive as ações das pessoas ao redor a sua própria vontade. Talvez o controle seja em relação a algo mais simples, como 'a posição em que os objetos precisam ficar em cima da mesa' ou 'o jeito como a louça deve ser lavada e guardada'. Mas ele pode chegar a um nível mais complexo como 'a velocidade do desenrolar de uma situação' ou 'como outra pessoa deve ser e agir'.

 

Você deve conhecer alguém (ou você mesma é essa pessoa) que busca ter este controle, dos objetos, situações e pessoas. Se você se identificou, parabéns, você acabou de perceber que é controlada por um sabotador mental - perdão pela ironia do trocadilho!

 

Como já descrevi em antigos anteriores, os sabotadores mentais são uma espécie de personagem que vive dentro de nós. Eles têm uma voz, um tipo de pensamento, crenças (normalmente limitantes) e acabam sendo contraproducentes na nossa vida.

 

O Controlador pode nascer de situações vividas na infância onde a criança se sentiu rejeitada, magoada ou traída, que a levou a decisão de não se colocar mais num lugar de vulnerabilidade. O Controlador é, na verdade, uma carapaça desenvolvida para a sua própria proteção, mas que, em algum momento, se tornou exagerada. Esse sabotador mental também pode ser fruto de uma infância acelerada, onde a pessoa viu-se obrigada a assumir o controle num ambiente caótico ou perigoso (a perda de um dos pais, por exemplo).

 

Geralmente, as pessoas que possuem esse Controlador muito forte, sofrem bastante com a ansiedade, principalmente quando as coisas não acontecem do jeito que ela deseja. Elas podem ficar com raiva e impacientes. E no fundo, se sentem magoadas, mas raramente admitem isto.

 

Outro grande prejuízo é o afastamento físico ou emocional das pessoas. Afinal, ninguém que estar perto de uma pessoa que fica o tempo todo falando o que precisa e como precisa ser feito, não é mesmo?

 

Reflita agora: em que situações busco ter o controle? Eu gostaria que uma situação mudasse em minha vida e me sinto ansiosa por não estar indo na velocidade que eu quero? Desejo que alguém do meu convívio fosse diferente?

 

Perceba o quanto de angústia, raiva ou ansiedade isso traz para você. Portanto, let it go. Veja o quanto você pode se sentir mais leve quando você solta as rédeas e deixe a vida fluir mais. Faça o teste, experimente por um dia deixar o controle de lado! Sinta na pele e depois me conte como é.

 

Se você chegou a conclusão de que esse sabotador mental tem te prejudicado, vamos conversar. Isso pode ser trabalhado na terapia. Eu terei o prazer em te guiar nesse processo.

 

 

Luciana Okazaki (Iskrépi; F-11) ex-moradora da República Cupido, é engenheira agrônoma vivendo seu propósito como Terapeuta Integrativa

 

Instagram @luciana.okazaki

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