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E a Helicoverpa, Como foi na Safra 2014-2015? (Guaimbê)
15/05/2015 - Por evaldo kazushi takizawaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

E a Helicoverpa, como foi na
safra 2014/2015?
* Evaldo Kazushi Takizawa
A identificação da Helicoverpa
armigera nas lavouras brasileiras em 2013 trouxe grande alvoroço no meio
agrícola, relato de ataque em todo tipo de cultura deste o café à braquiária,
instaurou-se um clima de grande apreensão até elaborar estratégias de contenção
desta praga.
O relato devastador desta praga em todas as regiões do planeta em que se
encontra e a possibilidade de ocorrer os mesmos danos na agricultura brasileira
colocou em cheque o manejo de pragas aplicado até o momento.
A mobilização nacional convergida num único ponto, o controle da Helicoverpa armigera, foi o sem dúvida o
grande legado e foi a prova de onde há união os problemas são solucionados com
mais facilidade.
Na safra 2014/2015 tivemos, não podemos negar, ataques severos da Helicoverpa armigera, mas quando
houveram prejuízos os erros cometidos no manejo da praga ficaram evidentes.
As lavouras de algodão no Cerrado do Mato Grosso estão ainda em
andamento e ataques de Helicoverpa
armigera podem ocorrer e causar danos severos, mas as culturas da soja e
milho podem já podem indicar como foram o convívio nesta safra.
Em momento nenhum no passado se falou tanto do controle biológico em
grandes culturas como a soja e milho contra uma praga, o monitoramento e a
agilidade na tomada de decisões passou a ser diferencial entre os
bem-sucedidos, o sistema agrícola e pragas passaram a ter uma visão mais
holística, deixou de lado a praga da cultura e sim a praga do sistema agrícola.
A Helicoverpa armigera e a Spodoptera frugiperda evidenciaram a
importância das áreas de refúgio e as plantas transgênicas Bt já demonstram
escapes destas pragas, há muita informação consagrada na agricultura mundial a
respeito desse assunto, podemos ser inteligentes e aplicar esse conhecimento.
Numa viagem à Austrália em 2002 pude ver a capacidade destrutiva da Helicoverpa armigera e depois em 2013
como um país organizado resolveu esse problema, mas uma frase de um pesquisador
australiano me fez refletir:
“O grande desafio da agricultura australiana agora que o problema da Helicoverpa armigera foi solucionado é
preservar na memória a grande capacidade destrutiva desta praga e transmitir
para as próximas gerações de forma que se mantenha práticas como as áreas de
refúgio.”
* Evaldo Kazushi Takizawa (Guaimbê F90), Engenheiro Agrônomo, F 1990 é Sócio da Ceres Consultoria Agronomica, Sócio Mantenedor da ADEALQ e Ex Morador da Republica SS Pau Torto