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Discurso Jubileu de Prata F98 Ano Bunda Mole (Russa F98 e Kteto F98)
14/10/2023 - Por ano bunda mole f98Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
Cara senhora Diretora,
Professora Dra Thais Vieira, em nome de quem saudamos todas as autoridades
presentes a esta cerimônia,
Prezado Sr Marcelo
Luiz Marino Santos, Presidente da Adealq, em nome de quem saudamos todos os
Esalqueanos e familiares,
Caros colegas
acadêmicos do ano Bunda-Mole, prezadas esalqueanas, esalqueanos, Bom dia!
Primeiramente,
gostaríamos de expressar nossa enorme gratidão aos colegas acadêmicos de 1998
por nos permitirem celebrar esta data numa posição tão especial. Este momento
supera a emoção do dia da nossa formatura... há quase 25 anos atrás. Impossível
não recordar daquela noite e do discurso do Prof. Zilmar Ziller Marcos,
paraninfo da nossa turma, autor do hino da Esalq, que numa de suas estrofes diz
o seguinte:
Vem inspirar deusa
Ceres,
Os filhos da gloriosa,
Que partem pelo
Brasil,
A propalar de norte a
sul,
Cumprindo missão
vitoriosa.
Somos frutos dos
ensinamentos da Esalq e do progresso pessoal e profissional que ela nos
proporcionou. A Esalq é capaz de mudar a vida de pessoas e, portanto, de capaz
causar transformações importantes no mundo. Pensem aí quantos esalqueanos estão
em posição de destaque nos mais diversos ramos de atividade, de norte a sul do
Brasil, e em várias partes deste mundo afora.
Essa escola que nos
expôs ao Cálculo I e II, ao insetário, a bioquímica e a fisiologia vegetal, a
educação ambiental, a maravilhosa disciplina de Meteorologia Agrícola (risos),
entre outros cursos inesquecíveis na nossa jornada. Curso que nos formaram para
cumprir a tal missão vitoriosa.
Missão vitoriosa
portanto talvez seja usar nosso precioso tempo na busca dos nossos anseios
profissionais e sonhos individuais que dão proposito para nossa existência...
As religiões se valem do transcendental para dar sentido a nossa vida. Os
japoneses das ilhas Okinawa, por exemplo, tem uma filosofia própria de vida
chamada de IKIGAI, quer dizer "sentido da vida", e que é relacionada à
motivação para uma existência mais feliz. IKIGAI significa conseguir equilibrar
quatro dimensões da nossa vida: Paixão, Missão, Vocação e Profissão.
De uma forma mais
simples, podemos interpretar os quatro pilares do IKIGAI dizendo que, em
primeiro lugar, você precisa ser bom no que se faz; o segundo ponto fala sobre
tornar-se útil para alguém... que alguém precise do que você faz. O terceiro
ponto do Ikigai é que consigamos viver dignamente do que fazemos. Finalmente, o
Ikigai também recomenda que tenhamos prazer em fazer o que fazemos.
Temos, como formados
nessa Escola e nesta universidade, ambos um enorme privilégio e grande
responsabilidade. Responsabilidade de contribuir para um mundo melhor para os
nossos filhos, responsabilidade de pensarmos juntos sobre que mundo é esse, e
como contribuímos como profissionais e como indivíduos. A ESALQ nos formou como
pessoas e como profissionais, nos permitindo ver além das nossas bolhas,
entender diferentes mundos e pontos de vista. Nos permitindo dialogar. E
diálogo, queridos amigos, é fundamental para cumprirmos a tal missão vitoriosa.
Estamos aqui mais uma
vez reunidos comemorando o Jubileu de Prata desde a nossa formatura... nos
conhecemos há 30 anos. E a cada vez que nos reunimos, parece que foi ontem.
Infelizmente, contudo, alguns de nossos colegas não puderam chegar até aqui
conosco: a Musse (Flavia Falange Carneiro), o Xita (Fabio Schmidt) e o Válvula (José Carlos
Tadaaki Magario Júnior).
O tempo talvez não nos
permitiu interagir com nossos amigos como deveríamos ou gostaríamos. Mas este
tempo que ainda está disponível para vivermos a frente; esse tempo as vezes
ingrato e às vezes bondoso, que nas palavras de Mário Quintana, poderia ser
descrito assim:
A vida é o dever que
nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são
seis horas!
Quando se vê, já é
sexta-feira!
Quando se vê, já é
natal.
Quando se vê, já
terminou o ano.
Quando se vê perdemos
o amor da nossa vida.
Quando se vê, passaram
50 anos!
Agora é tarde demais
para ser reprovado.
Se me fosse dado um
dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em
frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Seguraria o amor que
está à minha frente e diria que eu o amo.
E tem mais: não deixe
de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter
pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá
será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Rendemos nossa
homenagem aos que partiram. E, ao mesmo tempo, prestamos tributo ao tempo que
nos aguarda pela frente, a esta vida que certamente cada um saberá transformar
numa missão vitoriosa de acordo com seus valores.
Que sejamos capazes de
fazer nossa vida grandiosa sob nosso ponto de vista, que façamos um mundo
melhor para o nosso próximo, que possamos buscar cada vez mais nos aproximar
nesse tempo que nos resta.
Agradecemos a cada um por estar aqui, por continuar aqui (no peito). Um abraço apertado em cada um de vocês.
Há coisas que são boas
por alguns instantes, outras por algum tempo, só algumas são para sempre. Esta
oportunidade que tivemos de estarmos juntos nessa Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz é uma dessas que duram para sempre.
Obrigada
Russa e Kteto.