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Causos do Dr Mauá - Moran, o Caronista
25/12/2015 - Por orlando lisboa de almeidaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
MORAN, O CARONISTA
O Moran que eu conheci não era pinta braba,
apesar de ter uma pinta criada, com pelos pretos, bem num lado do rosto. Esta é a sua marca.
Morador do Bairro da Moóca, em S.Paulo, em
muitos fins de semana, lá vai o Moran com muitos outros colegas para o trevo
pedir carona, viajar de dedo, como se diz.
No nosso tempo a saída de Pira para São
Paulo era ali ao lado da ESALQ e o
asfalto passava por Caiuby e outras pequenas localidades, num trecho cheio de
curvas, passando por Santa Bárbara do Oeste, Americana e assim por diante,
rumo a São Paulo. Bem depois, fizeram um asfalto de Pira a
Campinas que tem menos curvas e passa na tangente de Santa Bárbara e
Americana. Essa nova estrada sai de
Pira lá pelo alto onde fica o Campo do XV, o estádio chamado de Colar da Noiva,
já que Pira é a Noiva da Colina.
Num belo sábado, o Moran vai lá ao ponto
de carona, manhã de sol. O tempo
passa, o dedo sobe, os carros passam e nada.
Carona é assim mesmo, questão de sorte.
Às vezes o caronista usa até o truque de dar uma corridinha, usando a
velha psicologia, pois quando o outro está em dúvida (para ou não para) e a
gente demonstra com a corridinha o pensamento positivo de que vai parar, o
motorista acaba parando... e dando carona.
Quando o Moran já tinha tentado todos os
truques e já ia desanimar, quase na hora do almoço que queria almoçar na casa
da mamãe a ainda nem tinha começado a viagem, mal levanta o dedo e um carro
para. Carro com direito a família
completa, pai, mãe e as crianças no banco de trás. O Moran nem acreditou, mas o carro ia para
São Paulo e deu a carona. No percurso,
tudo normal. O Moran conhece a regra
básica do carona: procurar conversar do assunto que agrada o da boléia. Duas horas e pouco de viagem, chegam à
Marginal e o Moran está pertinho de casa.
O carro para, ele desce e vai
agradecer de coração ao motorista e família.
O motorista diz que na verdade quem tinha
que agradecer era ele e explicou: Eu
vinha na viagem e esses pestinhas aí do banco de trás não paravam de brigar e
eu estava em ponto de explodir. Foi
então que eu tive idéia de dar a carona e botar você aí junto com eles e
acabaram as brigas. Muito obrigado,
caronista!
Orlando Lisboa de Almeida (Mauá ou
Camarão F-76) Engenheiro Agrônomo, Fez carreira no Banco do Brasil onde
se aposentou, hoje é conselheiro suplente da câmara de agronomia do CREA do PR,
conselheiro consultivo do Sindicato dos Engenheiros do PR - Nativo de coração,
frequentava a Republica Kpinzar
Mauá é nosso colunista do Blog e tem
seus "Causos" publicados toda Sexta Feira para você começar bem seu
"Quase Final de Semana"
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