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Causos do Dr Mauá - Esalqueano do Passado (e do Presente)
24/07/2015 - Por orlando lisboa de almeidaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

ESALQUEANO DO PASSADO (E DO PRESENTE!!!)
Um dia estou trabalhando no stand da
Feira Agropecuária de Maringá em 2003, quando me aparece um tal de Dr. Rinaldi
para propor negócio conosco. Eu, muito
prosa, depois de um tempinho de papo com aquele senhor de muita idade e
simpatia, não me contive e perguntei em que área ele era graduado. Disse que era em Engenharia Agronômica. Perguntei se por acaso tinha se formado na ESALQ e ele disse que
sim. Quando soube que eu também era da
Gloriosa mudou tudo; ele com seus 84 anos não queria mais ser chamado de
doutor, nem de senhor. Era o companheiro
da ESALQ.
Ele contou alguns casos da sua turma que
se formou em 1944 quando a Guerra Mundial estava fervendo ainda. Por falar na Guerra, disse ele e eu não sou
historiador para pesquisar, que na campanha da Itália, o Brasil não só enviou
pracinhas, mas enviou também mulas para ajudar a carregar traias em terrenos de
difícil acesso lá nas montanhas. E
como no meio dos brasileiros sempre tem uns espertinhos, o exército brasileiro
comprava alfafa para enviar para os burros “em combate” lá na Europa. Um agricolão da época, achando que a
alfafa poderia até fazer mal para os tais burros, por uma questão de caridade e
de oportunidade, vendia feno de capim de boa qualidade no lugar e pelo preço de
alfafa e com isso nos ajudou a fazer uma campanha brilhante lá por Monte
Caseros e adjacências.
O colega Doutor Miguel Rinaldi da Silveira
tem parentes em Rio Claro, Jaú, São Paulo e reside no seu sítio em Uraí-PR.
Fez questão que eu fosse com ele em 2004
na festa dos 60 anos da sua turma e eu acabei indo de carona de Urai-PR onde
ele mora, até Pira. Digo de carona
porque o homem, sem óculos, botou sua Quantum na estrada com chuva e tudo, cem
por hora até Pira, com umas duas a três paradas para café e tirar água do
joelho. Nada de aceitar ajuda no
volante. E eu, um jovem de 55 anos
não estou aí para ficar teimando logo com um colega um pouco mais velho.
Chegando lá em Pira, ele e sua turma, uns
seis colegas, fizeram um happy hour no hotel, regado a cerveja gelada como
preparo para o churrasco do dia seguinte, o dia inteiro, com direito a
chopinhos gelados. Pois ele não
perdeu a pose. Na segunda cedo,
partimos de volta e só em Bauru me deixou colaborar no volante, porque ele
estava um pouco cansado. O homem está
inteiro da silva e é um grande leitor ainda por cima.
Orlando Lisboa de Almeida (Mauá ou
Camarão F-76) Engenheiro Agrônomo, Fez carreira no Banco do Brasil onde
se aposentou, hoje é conselheiro suplente da câmara de agronomia do CREA do PR,
conselheiro consultivo do Sindicato dos Engenheiros do PR - Nativo de coração,
frequentava a Republica Kpinzar
Mauá é nosso colunista do Blog e tem seus "Causos" publicados toda Sexta Feira para você começar bem seu "Quase Final de Semana"
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