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Carta Aberta à ADEALQ (Feto F90)

14/10/2015 - Por felicio de moura ribeiro
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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À ESALQ, ADEALQ, Professores e Amigos:

 

Saudações Esalqueanas!

Em primeiro lugar, quero parabenizar a todos da ESALQ e ADEALQ pelo maravilhoso evento realizado neste último final de semana: a sessão solene de encerramento da 58ª semana “Luiz de Queiroz” e outras festividades!

Sou da turma de EA, F-90 e só havia participado das festividades de 10 anos de formatura em 2000, junto de minha esposa e filho (com apenas 1 ano de idade).

Agradeço a Deus pela graça de estar com saúde e pela oportunidade de, junto de minha família, poder retornar à Piracicaba e à querida ESALQ, rever alguns docentes, colegas e amigos com os quais convivi por 5 anos maravilhosos de minha juventude.

Agradeço diariamente a Deus por tudo o que aconteceu, ainda acontece e tenho certeza que ainda acontecerá em minha vida, na vida dos inesquecíveis professores, funcionários, pessoal da Seção de Alunos, amigos e familiares!

Peço ainda ao bom e misericordioso Deus que abençoe e mantenha junto à Vossa presença todos os docentes e colegas que já cumpriram sua missão aqui entre nós (Tio Xico e Cacau de minha turma). Rezo também para que derrame chuva de graças sobre aqueles que precisam da cura física. Professor Valdomiro Shigueru Miyada: saiba que há pessoas que o senhor nem conhece, mas que estão rezando pelo senhor, hoje e sempre. O senhor é um dos docentes que sempre admirei muito e que possui lugar especial em meu coração, minha vida e história, por isto não posso deixar de declarar para todos e em especial para o senhor, que o AMO muito! Acredite e tenha fé!

Sou sincero em declarar que, naquela época (1986), ainda muito jovem (com 17 anos), não tinha a mínima ideia e muito menos a dimensão do que seria minha vida acadêmica e tudo mais que viria depois em minha vida profissional. Hoje, aos 47 anos, sei que minha história de vida está totalmente entrelaçada à ESALQ e jamais conseguiria sequer imaginar como teria sido sem minha passarem por ela...

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Atualmente estou atuando como docente, porém, fora da “área”. Apesar disto, estou feliz e sei que tudo o que aprendi, tanto na ESALQ quanto na especialização ou nas atividades profissionais, está gravado em minha mente e coração, para sempre, indelével!

Ao ouvir o discurso devocional do início da sessão solene, mais uma vez tive a confirmação de que estou no caminho certo, pois, apesar de estar atuando fora da “área”, minha atividade vai muito mais além da relação professor-aluno, ensino-aprendizagem, prova--nota, aprovado-retido. Meus “alunos”, em sua grande maioria, muito mais do que o aprendizado de uma ou outra disciplina qualquer, precisam de atenção, carinho, afeto, amor, dedicação e a segurança de ter como “professor” uma pessoa que os entenda, os aceite como são e os ame incondicionalmente. Na verdade, sou mais visto como aquele pai que muitos nunca tiveram, ou até os tem, mas que não há diferença alguma entre o primeiro e o segundo caso.

Em cada palavra do discurso devocional vi minha atuação no dia a dia e em minhas atividades voluntárias... Foi-se a época em que o trabalho era um meio de alcançar bens e riqueza... Aliás, esta fase em minha vida nunca existiu... graças a Deus!

Outra felicidade imensa que ainda estou sentindo desde as festividades do jubileu de prata de minha formatura, realizadas no último sábado, 10 de outubro, deve-se à graça de estar novamente acompanhado de minha esposa e filho (agora com 16 anos), o qual pôde, com consciência e discernimento, conhecer realmente a ESALQ, alguns departamentos e o campus em geral, e ainda mais, ao participar da sessão solene no salão nobre do prédio central, através das palavras do digníssimo diretor da escola, perceber por si próprio a grandiosidade da instituição que seu pai um dia almejou ingressar, dedicou-se para isto, passou no vestibular, estudou como nunca por 10 semestres seguidos e ainda mais, sem nenhuma intenção, ter sido homenageado em sua formatura pela 8ª maior média geral da turma e ter recebido premiação pela maior nota nas disciplinas de sociologia, extensão rural e residência agronômica. Ele sempre soube de todas estas histórias, da grandiosidade da ESALQ-USP, contadas por sua mãe, mas sua visão foi, digamos assim, “clareada” pelo fato de ter ouvido de uma pessoa de um cargo muito importante a confirmação daquilo que tinha apenas em sua memória como mais um “causo” de família.

E minha alegria não parou por aí! Que felicidade vê-lo conversando e sorrindo com meus amigos durante todas as festividades do sábado de manhã e churrasco o restante do dia. Pessoas que ele jamais conversou ou manteve contato em sua vida... Eu ficava meio afastado, olhando aquela turma enorme no churrasco, a cada momento um novo grupo de conversa se formava e ele lá no meio... Eu me via através dele... momentos mágicos que só eu pude viver... Obrigado meu Deus!

É verdade o que eu digo, porque vários amigos disseram: “– Feto (este é meu nome), ele é você há 30 anos quando entramos na ESALQ! Achamos que você é o pai ou o avô do Feto, e o Feto (apontando para meu filho) foi conservado no tempo! (risos)”

No domingo pela manhã, antes de retornarmos para casa, fomos tirar algumas fotos na rua do Porto, às margens do rio Piracicaba. E como sempre, a vida nos pregando peças (bastando para isto estarmos atentos para perceber), ocorreu outro momento mágico da relação pai-filho, quando recebi, sem esperar, um grande, apertado e demorado abraço do Felipe, após ouvir dele a seguinte frase: ”– Pai, você é o cara!” 

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Recebam todos um sincero abraço como aquele que recebi de meu filho!

Muito obrigado por tudo e que Deus e Nossa Senhora Aparecida os abençoe sempre!

Parabéns pelo dia do Engenheiro Agrônomo

De coração feliz,

Felicio de Moura Ribeiro – FETO.

Taubaté/SP, 12 de outubro de 2015.


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