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Carona ? (Pinduca F68)
26/06/2016 - Por marcio joão scaléaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
Sexta feira, três horas da tarde, saída de Aragarças/Barra do Garças, divisa do Mato Grosso com Goiás. A viagem começara lá pelas 6 da manhã, partindo de Cuiabá até a BR-70, Serra de São Vicente, Posto Paraná (hoje Campo Verde), Primavera do Leste, Paredão, reservas dos índios, General Carneiro. Agora seriam mais uns 400 quilometros até Goiânia, lá iam o Pesquisador e sua filha, meio de mudança.
Calor, muito calor, estrada ruim, muito ruim. Menos de um quilometro fora do trevo de Aragarças, viram a velhinha. Muito velhinha, trouxa enorme na cabeça, se equilibrando sobre os pequenos passos, que pareciam ter rumo muito certo, tão firmes eram.
Pai e filha se olharam e tacitamente concordaram : tinham que tentar ajudar a velha senhora. Manobra na pista, retorno até a velhinha, carro estacionado um pouco adiante, esperando ela os alcançar.
- Dona, para onde a senhora vai? Quer condução?
Ao que ela retrucou, sem diminuir o passo nem virar a cabeça:
- Quero não! Lá vou para Belzonte, logo chego lá.
Loucos caminhos a levariam até seu destino, com certeza.