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Bons ventos em 2020 (Hulq; F99)

06/01/2020 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Anualmente recebo diversos relatórios que procuram resumir o que se deve esperar para os anos seguintes nos mais dos diversos setores da economia.  Um destes relatórios mais recentes, que me chamou a atenção foi elaborado pela McKinsey & Company, que em parte de aborda sobre energias renováveis e afirma que o mercado de energia no Brasil receberá investimentos e aumentará a competitividade de preços nesta nova década.

 

Foram quatro grandes temas citados:

  • A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) propôs uma redução tarifária de 11% nos próximos 4 anos.
    • Sendo 7% na geração de energia, com a redução dos custos altos na geração de energia térmica.
    • 1% na transmissão e distribuição, com o fim do apoio financeiro dado às empresas de distribuição de energia após a seca em 2014 e reajuste tarifário em novas instalações de transmissão.
    • 3% em racionalização dos subsídios tarifários relacionados aos produtores rurais, entre outros e tarifas sociais dependem do apoio do Governo Federal.
  • O Brasil planeja investir US$ 120 bilhões em capacidade de transmissão e distribuição até 2029.
    • Devem acrescentar 60 GW de capacidade de geração para a rede elétrica na próxima década.
    • 40 GW de energias renováveis, mais 20 GW de energia térmica.
    • 50.000 kms de linhas de transmissão de energia.
  • A Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Governo Federal estão trabalhando para promover a competitividade no setor de Gás Natural do Brasil.
    • Definir diretrizes claras para abrir o mercado de gás natural.
    • Estabelecer critérios para a independência do portador.
    • Garantir a competitividade dos preços de oleodutos novos e existentes.
  • Os preços das energias renováveis caíram e a capacidade das energias renováveis representará a maior parte da adição de capacidade na próxima década. Para se ter uma ideia de como variaram estes custos de geração de energia, pode-se dizer que de 2014 a 2019, respectivamente, as seguintes (em R$/MWh):
    • Solar:  de 282 para 80.
    • Eólica:  de 178 para 97.
    • Gás Natural:  de 288 para 189.
    • Biomassa:  de 261 a 187.
    • Pequenas Centrais Hidroelétricas: de 209 para 224.
    • Hidroelétricas:  de 160 a 157.

 

A capacidade instalada de geração de energia no Brasil, nos últimos 6 anos amentou 26%, elevando de 134 GW para 169 GW o nosso potencial, beneficiando não apenas as cidades e grandes centros urbanos, mas também o agronegócio como um todo.  Menores despesas aos produtores rurais significam maior renda, dentro da normalidade da operação é claro!  Investir é necessário para crescer.

 

Um ótimo início de década a todos!

 

O Agro não para!

 

Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, investidor em empresas e fundador do Programa transformacional "O Agro Não Para".  Acesse www.marcoripoli.com

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