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AGROdestaque entrevista Leticia Pedroso Ramos, engenheira florestal (F-2008)
16/08/2013 - Por raiza tronquinAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
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Atuação profissional
Formada em Engenharia Florestal e licenciada em Ciências Agrárias pela USP, em 2008, trabalhou em empregos públicos, fora da área de formação. Na área privada, trabalhou na empresa Savcor Forest, que lida com tecnologia da informação voltada ao setor florestal.
A que área se dedica atualmente?
Atualmente trabalho na Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, onde atuo como Analista de Desenvolvimento Agrário, no perfil de Silvicultura, Meio Ambiente e Manejo Florestal. Estou alocada no Grupo de Gestão Ambiental, localizado na sede da Fundação em São Paulo (SP).
Neste cargo, atuo em três frentes de trabalho: licenciamento ambiental, recuperação ambiental e educação ambiental. No licenciamento, trabalho com a organização e elaboração de documentos solicitados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), como laudos de vegetação, mapas, matrículas, projetos de recuperação, entre outros. Tais documentos são encaminhados com o objetivo de emissão da licença prévia, instalação e operação dos assentamentos estaduais. Na recuperação ambiental, trabalho com a contratação de empresas para plantios florestais nas áreas de preservação permanente e reserva legal dos assentamentos. Na parte de educação ambiental, atualmente são desenvolvidas ações e atividades pontuais nos assentamentos sobre as questões ambientais.
Quais os principais desafios desse setor?
Os desafios no setor público são diversos, principalmente relacionados à burocracia. Particularmente entendo a burocracia como necessária para a fiscalização e documentação das ações do estado, porém, ao mesmo tempo em que ela exerce esse papel de controle, o processo torna-se moroso em muitos casos. Assim, "vencer" a morosidade e efetivar as ações considero como o principal desafio.
Que tipo de profissional esse mercado espera?
Buscar atualização é um pré-requisito para quase todos os profissionais e, no setor público, isso atinge não apenas o profissional, mas todo o órgão. Por exemplo, o conhecimento sobre o novo código florestal foi repassado aos grupos de campo que, por sua vez, repassaram aos beneficiários dos programas de reforma agrária.
Gostar de lidar com o público também é importante, já que muitas vezes o contato com as pessoas é direto. Sendo assim, saber explicar o andamento das atividades, sem realizar promessas, dar atendimento rápido e adequado é extremamente necessário.
O setor público, como já conhecido, é muito burocrático. Por isso, entendo que apenas pessoas com conhecimento sobre os "procedimentos públicos" devam trabalhar. Em outras palavras, as pessoas que não possuem aptidão e/ou vontade de trabalhar com os processos e procedimentos pré-estabelecidos, na maioria das vezes pela legislação nacional, deveriam evitar atuar nessa área.
Atuação profissionalFormada em Engenharia Florestal e licenciada em Ciências Agrárias pela USP, em 2008, trabalhou em empregos públicos, fora da área de formação. Na área privada, trabalhou na empresa Savcor Forest, que lida com tecnologia da informação voltada ao setor florestal.
A que área se dedica atualmente?
Atualmente trabalho na Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, onde atuo como Analista de Desenvolvimento Agrário, no perfil de Silvicultura, Meio Ambiente e Manejo Florestal. Estou alocada no Grupo de Gestão Ambiental, localizado na sede da Fundação em São Paulo (SP).
Neste cargo, atuo em três frentes de trabalho: licenciamento ambiental, recuperação ambiental e educação ambiental. No licenciamento, trabalho com a organização e elaboração de documentos solicitados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), como laudos de vegetação, mapas, matrículas, projetos de recuperação, entre outros. Tais documentos são encaminhados com o objetivo de emissão da licença prévia, instalação e operação dos assentamentos estaduais. Na recuperação ambiental, trabalho com a contratação de empresas para plantios florestais nas áreas de preservação permanente e reserva legal dos assentamentos. Na parte de educação ambiental, atualmente são desenvolvidas ações e atividades pontuais nos assentamentos sobre as questões ambientais.
Quais os principais desafios desse setor?
Os desafios no setor público são diversos, principalmente relacionados à burocracia. Particularmente entendo a burocracia como necessária para a fiscalização e documentação das ações do estado, porém, ao mesmo tempo em que ela exerce esse papel de controle, o processo torna-se moroso em muitos casos. Assim, "vencer" a morosidade e efetivar as ações considero como o principal desafio.
Que tipo de profissional esse mercado espera?
Buscar atualização é um pré-requisito para quase todos os profissionais e, no setor público, isso atinge não apenas o profissional, mas todo o órgão. Por exemplo, o conhecimento sobre o novo código florestal foi repassado aos grupos de campo que, por sua vez, repassaram aos beneficiários dos programas de reforma agrária.
Gostar de lidar com o público também é importante, já que muitas vezes o contato com as pessoas é direto. Sendo assim, saber explicar o andamento das atividades, sem realizar promessas, dar atendimento rápido e adequado é extremamente necessário.
O setor público, como já conhecido, é muito burocrático. Por isso, entendo que apenas pessoas com conhecimento sobre os "procedimentos públicos" devam trabalhar. Em outras palavras, as pessoas que não possuem aptidão e/ou vontade de trabalhar com os processos e procedimentos pré-estabelecidos, na maioria das vezes pela legislação nacional, deveriam evitar atuar nessa área.