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AGROdestaque entrevista José de Barros França Neto (F-1975)

06/09/2016 - Por josé de barros frança neto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
 
Engenheiro agrônomo formado em 1975, mestre em Tecnologia de Sementes pela Universidade Estadual do Mississippi e PhD em Fisiologia e Patologia de Sementes pela Universidade da Flórida, onde também realizei pós-doutorado em Biologia Molecular e Fisiologia de Sementes. Adquiri especializações na Universidade de Illinois, Universidade de Novi Sad (Sérvia) e INRA (França). Em meu primeiro emprego como engenheiro agrônomo, atuei como Responsável Técnico da Sementes Souza Dias, em Assis (SP). Trabalho como pesquisador na Área de Sementes da Embrapa Soja, em Londrina e nos anos de 2002 e 2003 me afastei temporariamente das atividades junto à Embrapa e atuei como Diretor Técnico da Sementes Adriana, em Alto Garças (MT). Hoje, como pesquisador da Embrapa, desenvolvo diversas tecnologias para a produção e análise de sementes de soja. Sou membro do Comitê de Tetrazólio da ISTA (International Seed Testing Association) desde 1998 e fui presidente da APROSOJA (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), gestão 1999-2001; vice-presidente da ABRATES (Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes), gestão 2009-2011; e presidente da ABRATES, de 2011 a 2015. Trabalho também como editor associado da revista “Journal of Seed Science” e como editor do “Informativo ABRATES”. Sou membro do Conselho de Administração da ABRASEM (Associação Brasileira de Sementes e Mudas) e tenho diversos trabalhos, capítulos de livros e livros publicados sobre tecnologia de produção e análise de sementes de soja e girassol.
 
A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições pertinentes ao cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?
 
Dedico-me a área de Ciência e Tecnologia de Sementes, que considero fundamental para todos os segmentos do setor agropecuário, pois é com uma boa semente que se inicia o processo de produção, envolvendo os segmentos de grandes culturas, olericultura, silvicultura e pastagens. Desenvolver pesquisas nessa área, visando o desenvolvimento de tecnologias de produção e a avaliação da qualidade das sementes, resulta, sem dúvidas, na produção de sementes de alta qualidade, que é a principal matéria prima do setor agrícola. Especificamente, tenho dedicado esforços à pesquisa e desenvolvimento na área de ciência e tecnologia de sementes de soja, que é hoje a principal cultura para o agronegócio brasileiro. Desenvolvo pesquisas relacionadas aos temas de produção, análise, beneficiamento e armazenagem de sementes, atuando principalmente nos seguintes temas: vigor, germinação, patologia de sementes, qualidade de sementes, teste de tetrazólio, colheita, secagem, beneficiamento e armazenagem de sementes.
 
Quais os principais desafios desse setor?
 
A produção e a utilização de sementes de alta qualidade resultam em lavouras com estande ideal, composto por plantas vigorosas e de alto desempenho. Lavouras assim estabelecidas apresentam um potencial de produtividade mais elevado. No caso da soja, dados de pesquisa comprovam que esse potencial pode ser de até 10% superior em relação ao de lavouras estabelecidas com sementes de médio vigor. O grande desafio do setor de sementes no momento é implementar as diversas técnicas de produção de sementes de alta qualidade já desenvolvidas pela pesquisa nas regiões tropicais do Brasil. Além disso, é de suma importância conscientizar o agricultor quanto à importância da utilização de sementes de qualidade para o estabelecimento de suas lavouras. Outro fator que preocupa o setor sementeiro do Brasil refere-se à comercialização e uso de sementes ilegais, conhecidas como “sementes piratas”. Utilizar essas “sementes”, que aparentemente parece ser uma economia ao produtor, é um ato ilegal, tanto para quem comercializa, quanto para quem compra e a qualidade dessas sementes não oferece garantia ao agricultor. Esse mercado ilegal e clandestino resulta no não recolhimento dos royaltiesàs empresas que investiram para desenvolver as novas cultivares, causando um desestímulo ao setor, que resulta na redução dos programas de melhoramento genético. E quem mais sofrerá as consequências dessa perda será o próprio agricultor, pelo fato de que, no futuro, não terá novos cultivares mais produtivos à sua disposição.
 
Que tipo de profissional esse mercado espera?
 
Nesse setor, é essencial que o profissional conheça a importância da utilização de sementes de qualidade, visando à perfeita implantação da lavoura. Uma lavoura bem estabelecida representa uma base sólida, composta por um forte alicerce, que suportará todas as demais práticas, que, em conjunto, assegurarão o sucesso da produção agrícola. É fundamental que todo profissional da Área Agronômica tenha amplos conhecimentos do setor de Ciência e Tecnologia de Sementes. E fico muito satisfeito de saber que a ESALQ tem um time de profissionais do maior gabarito nessa especialidade, que transmite esses conhecimentos a todos os Engenheiros Agrônomos “Esalqueanos”. E isso é um grande diferencial propiciado por essa maravilhosa Escola de agronomia!
 
Entrevista concedida a Ana Carolina Brunelli, estagiária de Jornalismo
 
08/01/2016
Fonte: Site ESALQ
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