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AGROdestaque entrevista João Adolfo de Rezende Ponchio, engenheiro agrônomo (F-1982)

07/03/2014 - Por raiza tronquin
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Graduado em Engenharia Agronômica em 1982, fez doutorado e mestrado em Fitotecnia ainda na ESALQ. Entre 2004 e 2005, foi secretário geral da Escola de Economia de São Paulo (EESP) da FGV e ainda no meio acadêmico, de 1989 a 1995, ministrou aulas no Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal, em São Paulo, sobre plantas medicinais e estimulantes na engenharia agronômica. Também se formou advogado na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco (FDUSP).

Realiza assessoria técnica para a Fundação Getúlio Vargas desde 2001, estando atualmente na FGV Projetos, onde desempenha atividades, sobretudo, na modernização da administração pública e elaboração de projetos públicos e privados.

Foi engenheiro agrônomo do Banco do Estado de São Paulo (Banespa). Primeiro, de 1983 a 1988, atuou como Analista de Projetos Rurais. Depois, de 1988 a 1995, foi coordenador de projetos rurais, responsável por 45 municípios, 40 agências e uma equipe de 13 engenheiros agrônomos. De 1995 a 1997, foi pesquisador no Centro de Pesquisas Agronômicas da Cyanamid Química do Brasil, que lida com o ramo de química fina e agroquímica.

De 1997 a 2001, foi consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para o projeto de modernização do Controle Interno na Secretaria dos Negócios da Fazenda, do Estado de São Paulo. De 2003 a 2004, novamente como consultor, fez serviços técnicos para o escritório regional da América Latina e Caribe, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Chile, como consultor nacional no Projeto Apoio e Desenvolvimento de Alianças Produtivas.

Fale um pouco sobre a área que se dedica atualmente
Atuo como Business Partner Latin America da empresa Global Partners One Direction, sediada em Milão, na Itália. A empresa possui uma rede de colaboradores global e é especializada em fusões e aquisições de empresas, promovendo e prospectando negócios.

Sou sócio-diretor das empresas SLP Consult, desde 2001, e WYPS Serviços Técnicos Especializados e Consultoria Empresarial, desde 2007, exercendo em ambas atribuições de administração em geral. Ocupo o mesmo posto, desde 2009, na PROMIP - Comércio, Indústria e Desenvolvimento de Agentes Biológicos Ltda., onde sou responsável por assessorar administrativa, financeira e juridicamente a diretoria, prospectar negócios, coordenar pesquisas e desenvolvimento de controle de plantas daninhas.

Há seis anos sou consultor da Incubadora de Empresas Tecnológicas (ESALQTec), da ESALQ. Além disso, desde 1999, atuo como professor da Faculdade Integral Cantareira, em São Paulo, lecionando disciplinas nos cursos de Engenharia Agronômica e de Administração de Empresas e noMBA Executivo.

Quais os principais desafios desse setor?
Criar empresas e fomentar negócios, em um ambiente de risco, é o principal desafio. Ao mesmo tempo, o trabalho com startups tecnológicas pressupõe a identificação de empreendedores que consigam fazer adequadamente a transição das atividades acadêmicas para uma atuação de empresário profissional.

Por conseguinte, as empresas de base tecnológica precisam preservar a habilidade de criar valor por meio da constante inovação, materializada no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Mas, por outro lado, acompanhar o sucesso daqueles empreendedores, que conseguem vencer todas as barreiras existentes para a constituição de empresas é bastante prazeroso.

Que tipo de profissional esse mercado espera?
O empreendedorismo é uma caraterística latente em muitas carreiras profissionais do meio acadêmico brasileiro. Alguns profissionais canalizam as habilidades empreendedoras para os objetivos da universidade de promover ensino, pesquisa e extensão. No entanto, existem muitos exemplos de pessoas formadas no ambiente acadêmico que desejam e conseguem abrir empresas. A vocação natural, obviamente, é a criação de empresas de base tecnológica, mas outros tipos de empreendimentos acontecem com grande frequência.

Definir as características de um empreendedor é uma atividade complexa. Muita gente tenta fazer isso e existe muita bibliografia a respeito. Na minha visão, os empreendedores são pessoas estudiosas, persistentes, com apetite pelo risco calculado de empreender e, principalmente, sem medo de ganhar dinheiro.
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