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Administrar o tempo é preciso (Vavá; F66)
19/11/2017 - Por evaristo marzabal nevesAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
Administrar
o tempo é preciso
(Reflexão inicial aos ingressantes em Engenharia
Agronômica)
Neste instante, no inicio desta primeira aula, somos eu
e vocês e ninguém nos espreitando. Vou fazer uma revelação e contar uma
verdade. Olhos nos olhos: vamos ser amigos pro-átivos. Não vamos nos
enganarmos. Sabem por quê? Comece por contabilizar cada minuto nosso; agora os some,
e teremos um resultado de horas e horas, e, que teremos de repartir,
compartilhar e vivenciá-las com proveito e prazer. Vocês já imaginaram isso?
“Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias” (H. Benjamin). Por
exemplo, neste momento que estaremos juntos. Vamos multiplicar nossas vidas. Se
alguém, entre vocês, achar enfadonha a aula, você está perdendo, neste momento,
tempo precioso de sua vida; por isso, se possível, vamos multiplicar sinergia e
alegria nestas horas que estaremos juntos.
Por favor! Se não se interessar pela aula não perca
tempo. Sabe por quê? Explico. Tempo é o recurso mais precioso e escasso. Chegando
aos 60 anos, em 09/02/2001 completei 35 anos de serviços, com pleno direito de
aposentadoria. Optei por não me retirar. Hoje, tenho 65 anos e sinto que o que
resta de minha vida tem que ser contabilizada, segundo a segundo, de forma
racional, alegre e proveitosa. Meu tempo de educador é, por demais, valioso. No
tempo e na cronologia da vida, que gostaria que fosse mais devagar, quase
parando pra durar mais, resta menos tempo para mim na vida terrena do que para qualquer
um de vocês. Tenho que aceitar isso e compreender, assimilo. É uma regra da
vida.
Para muitos que estão nesta sala, há 45 anos eu era igual a vocês. Pena não poder voltar no tempo. Portanto, se o seu tempo é valioso também e, se achar que minha palavra e meu conhecimento não somam nada, não venha ouvir-me ou participar ativamente da aula. Avise-me que não virá e, pronto, está presente. Coloque todo seu esforço em algo que considere útil para seu futuro. Mas, caso venha, preste atenção, pois estou dando tudo de mim, toda minha paixão pelo que faço, pois passado este momento, jamais o recuperarei.
Portanto, quero gastá-lo honesta e apaixonadamente. Tenho 65 anos de idade.
Motivado e dialogando não quero ficar olhando os
ponteiros do relógio. Deixe o tempo fluir livre e gostosamente. Não estou aqui
por brincadeira, ou para passatempo ou, ainda, para ver o tempo passar. Ao
final da aula, missão cumprida, e, o tempo dispendido, se foi. Daí, ter
necessidade suprema de aproveitá-lo bem, pois o tempo perdido não se encontra
nunca mais. O meu ontem eu sei como foi; o amanhã, quem sabe. Preciso viver o
agora com paixão já que “não podemos olhar para trás com angustia nem para
frente com medo, mas em volta com consciência” (J. Thurber). Pense no seguinte
(eu estou pensando): “O que eu faço já e agora é importante porque eu estou
trocando um dia de minha vida por isso”.
E, se você achar que “o melhor lugar do mundo é aqui e
agora” (G. Gil), carpe diem, vamos
aproveitar cada instante, pois quem não quer ser feliz quando pode, quando
quiser, poderá ser difícil de conquistar. Jamais esqueça que “o dia acontecerá
quer você se levante ou não” (J. Ciardi) e para quem sabe viver, cada dia que
surge, constitui uma nova vida. Carpe diem
(aproveite o dia), mais uma vez, e seguindo Saint-Exupéry “viva o hoje
(sabiamente), porque o ontem já passou e o amanhã talvez nem chegue” e,
chegando (você verá como ele é rápido e fugaz), lembre-se que “seu futuro
depende de muitas coisas, mas principalmente de você” (F.Tyger). Desta forma,
esteja interessado no seu futuro, pois é lá que vai passar o resto de sua vida.
Se possível, procurarei ajudá-lo nesta empreitada, orientando-o neste primeiro
passo com a administração de seu tempo.
Se, como disse B. Berensen que “a vida é uma rua de mão única” quero aproveitar de forma eficiente cada marcha engatada no meu carro da vida. E, como para mim, a estrada já está encurtando e a viagem já está chegando ao fim, nesta altura de meus 65 anos, digo “a vida é muito curta e não há tempo para chateações e brigas, meu amigo” (Beatles). Se você compreendeu e assimilou esta página, vamos, já e agora, às reflexões sobre “Administração do tempo (e de sua vida)” lembrando que se a “vida tem a cor que você pinta!” (M. Bonatti) então, pincel a mão, e vamos começar dando pinceladas com graça e harmonia de um arco-íris.
O desenho fica a seu gosto.
Carpe Diem.
Prof. Evaristo Marzabal Neves (Agosto 2006, 65
anos)