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Ácaro Rajado no Algodoeiro, a Situação Desta Praga no Mato Grosso (Guaimbê)

24/05/2015 - Por evaldo kazushi takizawa
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Evaldo Kazushi Takizawa 

Seguindo uma série de assuntos vinculados as questões fitossanitárias neste texto o panorama do ácaro rajado no algodoeiro no Estado do Mato Grosso será tratado como um alerta para todos os colegas que lidam com esta praga em outras culturas, visto se tratar de uma praga polífaga.

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Ao longo de vinte anos no Cerrado Mato-grossense a oportunidade de observar o crescimento exponencial do ácaro rajado nas lavouras de algodão me faz refletir sobre o manejo integrado de pragas (MIP), aliás a falta do MIP.

Na fase inicial da implantação do algodoeiro nas regiões de Cerrado em 1995 a sugestão de monitores de lavoura pela área, eram de um monitor para cada 500 hectares de algodão, no início essa relação foi seguida à risca e as tomadas de decisão do manejo de insetos e ácaros eram baseadas nos dados gerados a partir do monitoramento.

O aumento da área de algodão foi inversamente proporcional a redução de monitores de lavoura e há correlação direta ao aumento do número de intervenções químicas e custos de nossas lavouras.

Uma das pragas beneficiadas por essa menor guarda das lavouras de algodão do Mato Grosso foi o ácaro rajado, há vinte anos eventualmente realizávamos uma aplicação de acaricida e hoje frequentemente se faz entre 5 a 7 intervenções e em diversos casos com a ocorrência de desfolha precoce e prejuízos de produtividade e qualidade do algodão produzido.

O ácaro rajado é o mesmo desde que foi descoberto, a mudança foi a forma o qual agora o tratamos com menor atenção e certo desprezo, mas vale lembrar sua grande capacidade de multiplicação e a pressão de seleção que estamos impondo com tantas aplicações de acaricidas e com poucos modos de ação.

No Mato Grosso não existem sistemas de monitoramento de resistência do ácaro rajado aos acaricidas, ao Estado que lidera a produção de grãos do Brasil fica o alerta para sejamos a vanguarda no manejo integrado de pragas (MIP).
* Evaldo Kazushi Takizawa (Guaimbê F90), Engenheiro Agrônomo, F 1990 é Sócio da Ceres Consultoria Agronomica, Sócio Mantenedor da ADEALQ e Ex Morador da Republica SS Pau Torto
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