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A velocidade e a ciência (Drepo F70)

11/01/2016 - Por eduardo pires castanho filho
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Nesta modesta opinião, as aulas do cursinho eram muito melhores do que as que foram dadas durante os cinco anos de escola. É claro que isso gera opiniões divergentes, mas, lembro bem de uma aula inesquecível do Piza. E das aulas de solos do Dematê.

A do Piza não foi uma aula, foi uma interpretação. Cheia de gestos, de vozes altas e baixas. Pausas e suspenses. Caminhares lentos e rápidos. Sentadas e levantadas. Olhares e piscadas. O tema nem ficou tão registrado: para alguns foi evolução; para outros a origem da vida. A forma era muito mais importante que o conteúdo. Brilhante! Ele era mesmo diferenciado.

Do primeiro ano para o segundo ano, servindo o Tiro de Guerra (ver causo do Celsão a respeito) fomos designados para fazer a "segurança" da corrida de carros de Pira, uma tradição da época (alguém se lembra?). Coisa de malucos. Cercavam algumas ruas e avenidas da cidade e faziam um "circuito" no qual duelavam Simcas, DKWs, Fissores, Gordinis, Berlinetas, Brasincas, e JKs entre os mais cotados. Não se sabe como não havia acidentes de grandes proporções, já que os bólidos passavam ao lado dos espectadores, que assistiam às corridas nas calçadas.

Nesse ano, com a "pista" já delimitada e cercada por cordas, e com a corrida já em andamento, o nosso professor Piza se atrasou no seu laboratório e, pilotando seu Aero Willis bordô, resolveu voltar para casa, que ficava no miolo do circuito. Não teve dúvida. Parou o veículo, suspendeu a corda e invadiu a pista para ir para casa. A informação que chegava era de que a corrida fora suspensa para evitar maiores problemas.

Depois de devidamente esclarecido o incidente houve a retomada normal da corrida que, se a memória não falta, foi vencida pelo Walter Hahn, piloto de Piracicaba.


Eduardo Pires Castanho Filho (Drepo F70) Engenheiro Agrônomo, Ex morador da Republica do Pau Doce

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