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A Esquadrilha da Fimose (Pinduca F68)
28/10/2015 - Por marcio joão scaléaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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lexapro and pregnancy third trimester click hereTudo começou lá atrás, no primeiro ano da ESALQ, quando o
Universitário se envolveu numa operação de fimose. É isso mesmo, fimose.
O Amigo 2, morador da Casa do Estudante Universitário, após
indicação médica, decidiu operar de fimose, marcando a cirurgia para uma sexta
feira às cinco horas da tarde. O Universitário acabou entrando no circuito,
pois o Amigo 2 precisava, após a operação, permanecer em repouso e sob algum
cuidado, o que era incompatível com o ambiente da Casa do Estudante, que alem
de tudo era distante do hospital. A republica em que o Universitário morava
ficava a poucas quadras do hospital, onde o amigo poderia ficar e ainda ter uma
certa atenção, por parte da empregada da república, fazendo um chá ou uma sopa.
E o apoio moral do Universitário.
Na hora marcada, no hospital, estava tudo se encaminhando
bem, papéis em ordem, enfermeiras a postos, quando o médico perguntou ao
Universitário se ele não queria assistir à cirurgia.
- Não, Doutor, muito obrigado. Não posso ver sangue, eu
passo mal. E ainda por cima uma cirurgia dessas, não quero ver, não.
Insistência do médico, até as enfermeiras se manifestaram,
com olhares maliciosos :
- Operaçãozinha boba, quase nem sangra, é muito rápida, não
dá nem tempo de desmaiar.
Ferido em seus brios, o Universitário tomou a triste decisão
de adentrar a sala de cirurgia.
Tudo preparado, começou a operação, pela anestesia local. A
primeira agulha entrando na pele não impressionou muito, mas quando foi dada a
segunda agulhada, de cima para baixo, o paciente gritou de dor. Foi ele
gritando de um lado e o Universitário caindo do outro, desmaiado. A equipe
toda, médico e enfermeiras abandonou o paciente para acudi-lo. Que vergonha.
Esse episódio, além das gozações, serviu para indicar ao
Universitário, ele mesmo necessitando de uma cirurgia de fimose, que nunca a
deixasse ser feita sob anestesia local.
Meados de 1967, as circunstancias levaram o Universitário a
decidir-se a operar sua preciosa fimose. Os problemas se sucediam, e o médico
foi claro : a cirurgia é necessária e urgente. O Serviço Social da USP custeava
todo o procedimento (bons tempos), era preciso aproveitar enquanto estudante.
E, finalmente, depois de muita conversa, o cirurgião concordou em fazer a
operação usando anestesia geral, cedendo às pressões do Universitário,
escaldado pelo episódio de alguns anos antes.
E foi aí que formou-se um grupo de guapos estudantes de
agronomia que decidiu-se, novamente numa sexta feira à tardinha, a operar suas
fimoses : Pincel, Carlão, Stampo e Pinduca, logo apelidados de "A Esquadrilha
da Fimose", em homenagem à Esquadrilha da Fumaça, da FAB, que recentemente se
exibira na cidade.
Marcio Joao Scaléa (Pinduca F68) é Engenheiro Agrônomo ex morador da Republica Mosteiro