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Tiroteio com o Príncipe (Drepo F70)

17/10/2015 - Por eduardo pires castanho filho
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1970 foi um ano cheio. Muita repressão, Copa do Mundo, formatura se aproximando. Matérias fechadas, tempo sobrando.

Rua do Porto era opção preferencial. Quase todas as noites a boemia de Piracicaba migrava para lá. As quantidades de cerveja eram consideráveis e depois das 22 horas a maioria dos “estabelecimentos” fechava. Aí a barra pesava um pouco. Nos bares que permaneciam abertos a frequência mudava: passava dos estudantes para uma fauna mais pesada. As meninas não costumavam participar e o consumo alcoólico aumentava.

Numa dessas noites, houve uma confusão num desses botecos, no qual estava o príncipe herdeiro do Brasil que era proto bicho e compartilhava a mesa onde se encontravam alguns agricolões. Acompanhava o colega nobre um cidadão mato grossense, cheio de cultura agreste e de valentia, com noções de honra meio fora de órbita.

Formou- se de repente uma brigaiada por motivos obviamente torpes e irrelevantes, mas, o suficiente para enfurecer o colega do Mato Grosso que inopinadamente sacou um três oitão e meteu bala no elemento que havia provocado o enguiço.

Resultado, todo mundo saindo na maior correria do local e indo pedir asilo em outras repúblicas, até o clima esfriar.

Depois se soube que o baleado escapou com vida e o atirador se safou de qualquer processo.

Eduardo Pires Castanho Filho (Drepo F70) Engenheiro Agrônomo, Ex morador da Republica do Pau Doce

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