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Revolução dentro e fora do campo (Hulq, F99)

15/07/2018 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na Revista Plant Project)


A Revolução Industrial tem mudado fundamentalmente a sociedade e economia mundial. Muitas vezes, o termo "desenvolvimento" pode indicar algum atraso quando se fala em "revolução", mas o que realmente significa é uma mudança rápida e significativa, que deflagra grandes alterações em um determinado período de tempo.

 

Neste sentido, diversos setores Indústrias surgiram e substituíram pequenos locais fabris, na sua maioria artesanais. Fábricas têxteis e cerâmica, por exemplo, foram um dos primeiros a se beneficiar deste novo mundo de nova infraestrutura logística (canais, linhas férreas) que permitiu a distribuição mais eficiente dos produtos. No caso da agropecuária não foi diferente, hoje empresas como a John Deere, fundada em 1837, são importantes exemplos de como o Homem desenvolvendo e migrando em busca de novas tecnologias para conquistando novos patamares de produtividade e redução de custos de produção.

 

Por volta de 230 anos atrás foi criado o primeiro tear mecânico (datando de 1784) e desde então é possível dividir a história mais recente em quatro períodos no curso da chamada de Revolução industrial. São eles:

·       1ª Revolução Industrial (Era do Vapor) - Começou no final do século 18, com a produção de máquinas movidas a água e vapor.

·       2ª Revolução Industrial (Era da Eletricidade) -  Deu início no começo do século 20, com a produção de máquinas movidas à eletricidade com a criação da esteira transportadora e da produção em massa (ícones como Henry Ford e Frederick Taylor).

·       3ª Revolução Industrial (Era da Computação) - Acontece no início dos anos 70 é foi marcada pela automação digital da produção por meio de eletrônica.

·       4ª Revolução Industrial (Era da Inteligência) - Marcada pela Inteligência Artificial, Nanotecnologia, Biotecnologia, Computação Quântica, Robótica, Internet das Coisas, Impressão 3D e Automação de Veículos.

 

Atualmente estamos no início do quarto período que também é chamado de Era Cibernética.  Os sistemas cibernéticos são consequência da integração da produção, sustentabilidade e satisfação dos clientes, formando a base de sistemas e processos de rede inteligentes.

 

Já pode-se pensar em microprocessadores, que funcionam como cérebro de dispositivos digitais e de sistemas complexos. A enorme aceleração do uso da Internet na indústria e no campo vem do crescimento massivo de dispositivos digitais, como: câmeras de vídeo, leitores RFID, tablets, etc., os quais visam melhorar a qualidade, eficiência e segurança das operações de produção e processo nas cidades e no campo.

 

Está cada dia fica mais fácil conectar dispositivos, máquinas, fábricas completas e outros diversos ambientes industriais e processos à Internet.  Em 2013 foi criado o "IP Advantage Consortium" entidade engajado neste tema, permitindo que todas as infraestruturas e aplicações de redes que se beneficiem de uma conectividade ponta a ponta.

 

Nesta mesma linha, cada vez mais a possibilidade de processar e analisar significativamente maiores fluxos de informação de produção e processos vão permitir e auxiliares empresas a operarem de forma inovadora e flexível.  Nas fazendas de todo mundo existe mais e mais volume de dados sendo gerados dentro dos sistemas produtivos estimulando novas soluções de gerenciamento e tomada de decisões. 

 

A Internet de Coisas & Serviços está realmente começando a tomar forma, promovendo novos modalidades de serviços e de comercialização, novas experiencias de usuários (clientes) e a capacidade de ligar os mundos físicos e virtuais cada vez mais é evidente. Isso é (felizmente) um caminho sem volta, pata todos nós!  Estamos preparados?

 

O Agro não para!



* Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor da DRINQUIS.
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