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Procuram-se Jovens Líderes para o Agro (Alfinet F09)

08/12/2015 - Por rodolfo tramontina de oliveira e castro
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Lembro da primeira vez que me deparei com a questão: "descreva uma pessoa que você considera um líder inspirador e porque você o considera um líder." Foi durante um processo de trainee. Travei na hora.

Essa semana, durante conferência de lideranças do setor, a pergunta veio novamente à tona. E novamente, travei na hora. Dessa vez não por desconhecer lideranças inspiradoras, mas por constatar o quanto somos carente destes. No agro ainda mais.

Voltei para casa pensando nos porquês de um setor tão forte como o nosso ser tão carente de líderes. Acredito ter encontrado um denominador comum: somos muito agro. O que pode soar paradoxal é na verdade parte do problema.

Nas décadas de 70 a 90 um líder era sinônimo de um self made man. Seu sucesso era uma combinação entre ser um especialista no setor, ser o primeiro a chegar e o último a sair, seguir a estratégia da empresa e gerar valor aos acionistas. No agronegócio brasileiro desempenharam esta função com maestria - haja vista a evolução do setor nos últimos 40 anos e a quantidade de sessentões nas listas de pessoas mais influentes do setor.

Hoje, o mundo é outro. Consumidores e sociedade vivem por uma narrativa mais holística, mais humana e mais filosófica. Por isso, ser "muito agro" passou de pré-requisito à imperfeição. O líder moderno precisa ser menos especialista e mais curador.

Um líder que não entenda de política, da relação Estado-Indivíduos, que não tenha lido Friedrich Hayek ou George Orwell, terá pouca base para entender e explicar os cortes no orçamento em razão da crise. Um líder que não tenha assimilado o "Capitalismo Consciente" terá dificuldade em relacionar propósito a valor, e explicar aos seus consumidores porque produzem transgênicos. Um líder que trabalhe com inovação e não tenha folheado "Organizações Exponenciais", "Innovators Dilemma" ou "Bold", verá sua tecnologia natimorta.

O que aprendemos nas escolas de ciências agrárias é muito menos valioso do que não aprendemos. Trata-se de uma mudança de paradigma, de tratar o conhecimento agro como propriedade privada impenetrável para priorizar os livros não lidos, os assuntos não estudados.

Procura-se jovens líderes para o agro. E encontrá-los é primordial para mantermos a liderança.

Rodolfo Castro (Alfinet - F09) é Eng. Agrônomo, Coordenador Comercial da AgroTools e ex morador da República Kangaço

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