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Coletivos e cotas: Por que não precisamos deles (Tristão F12)

19/05/2016 - Por raphael lovadine tristão
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Estamos na era dos coletivos. Não, não estou falando dos ônibus. Estou falando dos coletivos, os grupos, coletivo do movimento negro (aqui pode usar, outros casos têm que ser afrodescendente), coletivo feminista, coletivo LGBTX, coletivo de qualquer "minoria", e por aí vai.

Esses grupos que dizem representar seus iguais não representam ninguém senão seus próprios interesses enquanto organização. A menor minoria que existe é o próprio individuo, este diferente de todos os outros mutuamente. Olhando por essa ótica, a própria organização de coletivos é quem gera a divisão em grupos étnicos, sociais, de gênero, sexuais, entre outros, sendo o próprio pensamento coletivista o criador do racismo e da intolerância. Quando se trata do indivíduo, qualquer tipo de comparação e logo discriminação se torna inócuo, pois como disse cada indivíduo é completamente diferente do outro, não sendo passível de comparação.

Ao colocar o indivíduo num grupo, num coletivo, este perde suas características únicas, e acaba sendo achatado e generalizado, pois forçam-se semelhanças coletivas. Agora a comparação é possível, assim, olhando para o grupo, para o coletivo, pode-se discriminar. A generalização coletivista leva ao racismo.

Não obstante, dentre as reivindicações desses coletivos, principalmente os coletivos afrodescendentes, encontram-se as políticas de cotas. O motivo dado: "o Brasil vem de uma história de sociedade escravocrata, onde o negro teve sua mais valia roubada pela oligarquia da casa grande que enriqueceu, e após o fim da escravidão o negro foi marginalizado. Sem estudo e sem condições sociais foi relegado às periferias e à miséria. Hoje a maioria da população que vive na pobreza é negra, a maioria da população carcerária é negra. O Estado deve reparar esse mal feito e prover cotas de acesso à universidade, à cargos públicos", e por ai vai.

Tudo isso é simplesmente verdade. Mas o fato é que as cotas não resolvem isso. Se hoje a população negra vive em sua maioria em condições precárias é porque o governo é incapaz e incompetente de fornecer educação de base e fundamental de qualidade para a sociedade. Cota não corrige curso de história. Cota não alfabetiza criança de periferia. Cota não dá condições para essa criança de trabalhar e lutar por uma vida melhor. Cota beneficia quem tem idade para votar. Cota tampa o sol com uma peneira de buracos enormes. Cota coloca um telhado meia boca numa casa sem parede nem alicerce. Cota é cabresto.

Meu avô era trabalhador no engenho de cana. Meu pai e seus 8 irmãos frequentemente não tinham o que comer. Moravam numa pequena casa na periferia. Todos trabalharam quando crianças, para poder ajudar no sustento da casa. Meu pai estudou em escola pública. Trabalhava e estudava. E trabalhou, até conseguir se formar na universidade particular da cidade como contador. E continuou trabalhando, até depois de se aposentar. Meu pai e seus 8 irmãos vieram da pobreza. Hoje nenhum deles vive na pobreza. Todos são negros (a maioria de olhos verdes, me ferrei nesse quesito, não tenho), nenhum deles precisou de cotas. Nenhum deles reclamou dívida histórica da sociedade. Todos eles trabalharam, estudaram e trabalharam. Nenhum deles olhou para traz e se ressentiu ou buscou subterfúgios. Todos olharam para frente, porque é só nesse sentido que a vida anda.

Os coletivos se apropriam de questões que não lhes pertencem para obter benefícios que interessam apenas àqueles que lhe organizam. Não tem a menor preocupação ou verdadeiro interesse em defender aqueles que dizem representar. Não representam ninguém senão a si próprios.

Lançam mão de absurdos como políticas de cotas, que não apenas são a admissão por parte do estado de que não é capaz de fornecer condições primarias iguais a todos, como se utilizam disso como instrumento de manutenção de poder.

Não precisamos de coletivos ou cotas. O que precisamos de fato, sejamos brancos, negros, homossexuais, mulheres, deficientes é de respeito e liberdade para construir nossos próprios caminhos em direção a uma vida digna e que satisfaça nossas necessidades.

 

Nota: As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.

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