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A Revolução do Comércio Eletrônico (Kusca)

11/07/2015 - Por marcos sawaya jank
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Artigo originalmente publicado no Jornal “Folha de São Paulo”, Caderno Mercado, 11/07/2015. Para acessar o texto original clique aqui

Marcos Sawaya Jank (*)

Apesar de os brasileiros estarem entre os cinco maiores usuários de internet do mundo, o comércio eletrônico ainda é relativamente pequeno no país. As pessoas utilizam cada vez mais a internet, mas ainda compram pouco.

O mundo digital é a nova fronteira do comércio no mundo. Todos os canais de comercialização de produtos e serviços estão sendo impactados por essa revolução, cujo epicentro de expansão é a China.

Basta dizer que o valor de vendas on-line da China (US$ 620 bilhões) já supera a soma dos valores dos Estados Unidos (US$ 380 bilhões) e da Europa (US$ 228 bilhões). Quatro das dez maiores empresas de internet do mundo são chinesas: Alibaba, Tencent, Baidu e JD.com, que estão em uma disputa cerrada com as gigantes americanas (Google, Facebook, Amazon e Ebay).

Se mantiverem o crescimento dos últimos cinco anos, as empresas chinesas em breve vão se tornar as maiores do mundo, seja pelo potencial em termos de pessoas atingidas, seja pela oportunidade dos novos segmentos que estão surgindo.

O fenômeno chinês aconteceu graças ao fabuloso mercado: hoje são 525 milhões de usuários de internet via celular, principal veículo da compra on-line. Ele também decorre das especificidades culturais e linguísticas do País, além da reserva de mercado criada pela política pública, que privilegiou as empresas nacionais.

Mas o principal fator foram as ferramentas inteligentes e de fácil acesso que as empresas chinesas desenvolveram no comércio digital. A China digital é extremamente avançada e os consumidores têm sede de inovações e de novas experiências.

O setor da alimentação é um ótimo exemplo. Na China, mais de 50% dos compradores eletrônicos adquiriram alimentos on-line nos últimos três meses, contra menos de 10% nos EUA. A preferência dos chineses pela compra on-line de alimentos se explica pelas dificuldades de locomoção nas grandes cidades e pela desconfiança em relação à qualidade dos produtos oferecidos nos veículos tradicionais.

Os consumidores usam suas redes sociais para buscar ofertas on-line, comprar, ranquear produtos e serviços e, acima de tudo, dividir as suas ações e percepções com os amigos.

Comprar on-line virou uma forma de fazer novos amigos e ganhar status. Trata-se de uma compra hiper-socializada, muito mais abrangente que a tradicional visita ao shopping no final de semana. Gostemos ou não, é assim que o mundo está evoluindo, pelo menos na região que concentra a maior parte da população.

A grande disputa dos próximos anos não vai se dar entre as grandes do mundo físico, mas sim pelo domínio do mundo digital. E essa transformação vai atingir em cheio a área de propaganda e marketing. A China hoje compra cada vez mais pela internet e redes sociais, e não mais através de visitas a lojas, anúncios de televisão, mídia impressa ou telefone. A recomendação dos amigos já é o principal fator de decisão na compra on-line, que é amplamente difundida nas redes sociais. Em vez da artista da novela, quem vai aconselhar sobre o que e onde comprar são os nossos amigos, sejam eles reais ou virtuai

Marcos Sawaya Jank (Kusca F-84) é Engenheiro Agronômo, mestre em Master Of Sciences pela Centre International Des Hautes Etudes Agronomiques Mediterraneens (1988), doutor em Administração pela Universidade de São Paulo (1996), com pós-doutorado pela University Of Missouri Columbia Agribusiness Research Institute (2000) e pós-doutorado pela Georgetown University School Of Foreign Service (2001) É especialista em questões globais do agronegócio. Atualmente trabalha na BRF em Cingapura, é ex-morador da República Kbana.

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