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A Busca da Felicidade (Equino)

15/07/2015 - Por stael prata silva neto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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“O próprio objetivo da vida é perseguir a felicidade. Todos estamos procurando algo melhor na vida. Por isso, para mim, o movimento da nossa vida é no sentido da felicidade.A felicidade é determinada mais pelo estado mental da pessoa do que por acontecimentos externos. A paz de espírito ou a serenidade têm como origem o afeto e a compaixão. Nisso há um nível muito alto de sensibilidade e sentimento. A maior felicidade é a de quando se atinge o estágio de libertação, no qual não existe mais sofrimento. Essa é a felicidade genuína, duradoura. A verdadeira felicidade está mais relacionada a mente e ao coração.Essa percepção subjacente de estarmos indo na direção da felicidade pode exercer um impacto profundo. Ela nos torna mais receptivos, mais abertos, para a alegria de viver.” Dalai Lama

Depois de 15 anos voltar a vestir a camisa da gloriosa, pisar naquele gramado, reviver momentos inesquecíveis me levou a um sentimento de felicidade plena, um sentimento que me tocou profundamente.

Cheguei cedo em Piracicaba, o dia estava um pouco nublado mas não estava chovendo. O gramado estava vivo, tinha um verde intenso como há tempos não o via desta forma. No fundo do campo, a imagem da caixa d’água com o A Encarnado, nosso símbolo de força, de garra e perseverança.  

Por alguns minutos fiquei admirando aquela vista, relembrando os diversos jogos que jogamos naquele gramado, os meus grandes amigos que estavam ao meu lado e aqueles que me ensinaram os valores do rugby e participaram da construção do meu caráter. Muito de mim está naquele gramado, lembranças de muito tempo atrás mas presentes em todos os dias da minha vida.

Por um certo tempo passei minha vida sob nuvens escuras e deixei de fazer e buscar as coisas ou acontecimentos positivos que me levariam a felicidade. É preciso ter coragem para mudar, romper a inércia, vencer seus medos e buscar viver seus sonhos em direção a felicidade em sua essência.

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Aos poucos as pessoas foram chegando no campo e me receberam com um carinho que jamais esperava. Foi como se eu voltasse no tempo e abraçasse meus velhos companheiros de time. Como sinto falta deles e como me lembro de cada um daqueles momentos.

Estávamos todos reunidos pronto para jogar novamente. Foi um jogo amistoso mais sentia a mesma sensação de felicidade e alegria quando joguei pela seleção brasileira. Depois de um tempo entendi que na verdade minha camisa da seleção é a própria camisa da Esalq, um sentimento de vesti-la e defende-la inexplicável.

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Joguei como se fosse o meu primeiro jogo, como se fosse o último jogo, entreguei-me de corpo e alma. Um jogo em alto padrão, apesar da idade, jogadas que fazíamos nos bons tempos. Olhar ao lado nos olhos dos meus novos companheiros e sentir o mesmo sentimento de poder contar com cada um deles, saber que estávamos ali juntos para tudo, foi emocionante.

Lembro-me que ao final do jogo nosso abertura veio me abraçar e me disse: “Quando crescer quero jogar rugby como você joga”. A Rosa do time feminino me falou a mesma coisa. Nosso ponta me disse que nunca viu ninguém chutar como eu chutei e que foi um prazer jogar a meu lado. Minha resposta para todos eles foi a de que eles não imaginavam o prazer e a felicidade que eles me propiciaram naquele dia, quantas emoções e sentimentos foram revividos e acordados e que estão e ficarão presentes em minha vida.

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Vencemos, conseguimos uma boa vitória de um time que está se reconstruindo e que tem tudo para ir além do que conseguimos no passado. Poder estar junto deste novo recomeço e ter a vontade de continuar junto me levará a busca da minha felicidade, na qual o rugby da Esalq fez parte do passado e fará parte deste meu novo presente.

Do Doutor, Bixo, Amigo Equino


Stael Prata Silva Neto (Equino F00) Engenheiro Agrônomo, Trabalha na BASF e é ex morador da Republica Mata Burro 

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